Avaliação do swab conjuntival em inquérito canino e comparação de métodos de PCR para o diagnóstico da leishmaniose visceral canina

Antero Silva Ribeiro de Andrade

Resumo


O controle da leishmaniose visceral (LV) no Brasil envolve a eliminação de cães infectados, principais reservatórios da enfermidade. Métodos diagnósticos confiáveis são essenciais para evitar a transmissão da doença ou a eutanásia desnecessária de animais. O programa de controle da LV é baseado em inquéritos sorológicos, tendo sido utilizados a reação de imunofluorescência
indireta (RIFI) e o ensaio de ELISA (Enzyme Linked Immunosorbent Assay).
Tais técnicas, entretanto, têm apresentado problemas quanto à especificidade e à sensibilidade, de forma que ainda hoje permanece o desafio para obtenção de um método de diagnóstico apropriado. A técnica da Polimerase Chain Reaction (PCR) vem sendo apontada como ferramenta valiosa para a identificação de Leishmania, capaz de detectar a infecção antes da soroconversão e em cães assintomáticos. A técnica é suficientemente sensível, específica e rápida para atender às necessidades dos programas de controle. A utilização de metodologias não invasivas de coleta de amostras, porém, é essencial para a viabilização da técnica em levantamentos rotineiros, pois diminuem a resistência dos proprietários dos cães em aceitar os exames e permitem que o procedimento possa ser realizado fora de clínicas veterinárias. Em uma etapa
anterior, padronizamos o método do swab conjuntival (SC) para a coleta de amostras para a reação de PCR e um procedimento de extração de DNA. Neste método um swab estéril, é utilizado para realização de um esfregaço na conjuntiva ocular dos animais. O procedimento é simples, rápido, não invasivo e apresentou alta sensibilidade. No presente trabalho, estudos foram conduzidos, buscando avaliar SC para o diagnóstico rotineiro da leishmaniose visceral canina (LVC).


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Revista Gerais de Saúde Pública do SUS/MG