Estudo diagnóstico de leishmaniose visceral em cães pertencentes às comunidades indígenas maxakali
Resumo
Os índios Maxakali pertencem a uma etnia naturalmente brasileira que ainda
hoje preserva vários aspectos de sua cultura. Com a inserção do europeu em terras brasileiras, além de parte de sua cultura original ter sido afetada, várias doenças foram inseridas em seu meio, levando a um índice elevado de mortandade, decorrente da pouca resistência dos nativos aos micro-organismos
introduzidos. Além disso, o quadro se agravou na medida em que as condições
de escravidão, maus-tratos e trabalhos forçados impostos pelos colonizadores foram se intensificando. O estudo da leishmaniose visceral nas aldeias Maxakali se justifica pelas características encontradas nessa população
extremamente jovem, que favorece a instalação da leishmaniose visceral de forma mais grave. A presença de cães nas aldeias e o contato constante de indígenas com as matas são fortes indícios da ocorrência do ciclo de transmissão dessa doença. Neste estudo, objetivamos pesquisar a soropositividade de cães presentes no ambiente peridomiciliar dos Maxakali residentes nos Polos Base de
Água Boa e Pradinho.
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Revista Gerais de Saúde Pública do SUS/MG